domingo, 16 de novembro de 2008

Condições de Saúde, Incidência de Quedas e Nível de Atividade Física dos Idosos


Silviane Sebold – ESEF/UFRGS

Síntese do artigo extraído da Revista Brasileira de Fisioterapia 2007. v. 11, n. 6, p. 437- 442
Autores: Mazo GZ, Liposcki DB, Ananda C, Prevê D


Devido ao aumento da longevidade, estudos relacionados à população idosa e os eventos incapacitantes têm sido enfatizados nos últimos anos. Segundo os autores, eventos nesta dimensão têm influenciado na diminuição da capacidade funcional e conseqüentemente nas atividades de vida diária (AVDs), principalmente quando ocorrem casos de quedas, trazendo consigo conseqüências bastante temidas pela população idosa e seus familiares, tais como tratamentos longos e de alto custo, extensos períodos de reabilitação, risco de dependência posterior e até mesmo a morte.
Ao envelhecer, o indivíduo passa por processos no qual há alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, reduzindo a capacidade de adaptação homeostática às situações de sobrecarga funcional, alterando progressivamente o organismo e tornando-o mais susceptível aos desgastes intrínsecos e extrínsecos. Perdas como a instabilidade postural, que ocorre devido às alterações do sistema sensorial e motor, podem levar a um maior fator de risco. Relacionado a essas informações, deve-se prestar atenção nos sintomas apresentados pelos idosos, adequar os espaços físicos e indicar prática regular de exercícios físicos.
De acordo com o estudo de Lehtolas et al. (2006), o maior número de quedas são com homens idosos e que moram em casa e de acordo com estudos de Mazo et al. (2004) e Paixão et al. (2006), os impacto psicológico das quedas é outro fator importante entre indivíduos mais velhos. Segundo Spirduso (2005), a incidência de quedas está diretamente ligada à fraqueza muscular, inflexibilidade, sinergia e mecanismos de programação degradados e dificuldades de controle motor. O autor afirma que para preveni-las, exercícios físicos específicos que trabalham a composição corporal, força muscular, a flexibilidade e o controle motor devem ser realizados freqüentemente.
Segundo os autores do presente estudo, a relação entre saúde e bem-estar é bidirecional. O estado de saúde não só influencia as percepções de bem-estar, como as sensações do bem-estar influenciam os comportamentos relacionados com a saúde das pessoas. Os indivíduos que têm sensações de satisfação pessoal apresentam maior probabilidade de tomar uma atitude para manter a sua saúde e prevenir doença. Segundo Oliveira (1985), vida independente, casa, ocupação, afeição e comunicação são os principais fatores para um idoso ter saúde, e a prática regular de exercícios físicos, minimiza os declínios da capacidade funcional, determinando uma melhor condição de saúde. Já, para os autores, um programa de exercícios físicos eficiente para os idosos deve ter como objetivo a melhora da capacidade física do indivíduo, contribuindo para o aumento da resistência cardiovascular, força, flexibilidade e equilíbrio.

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